domingo, 30 de maio de 2010

Registro 309: Saudade

Lá se foram dois artistas, intérpretes de categoria. Eram estrelas e estrelas continuarão sendo, só que agora no firmamento, esferas celestes.  Um conhecido internacionalmente, Denis Hopper, o rebelde e seu Sem Destino, um filme que marcou a minha juventude e inesquecível nas sua inúmeras qualidades e nos seus defeitos.Um filme revolucionário. Outro, na província de nome Bahia, Wilson Mello. Conheci Mello quando passei a frequentar o Teatro Vila Velha nos longínquos anos 60. Seu Quincas Berro D'Água guardo na memória, assim como outros personagens  interpretados sob a direção de João Augusto. Vê-lo fazendo os vilões nas peças para crianças dirigidas por Manoel Lopes Pontes era diversão na certa.

Deseja que pemaneçam vivos em nossas lembranças. Que não sejam esquecidos!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Registro 308: Celebração

A presença da escritora Fanny Abramovich em Salvador, a convite da Escola Arco-Íris, foi uma verdadeira festa para os amigos, ex-alunos e principalmente para as crianças, professores e pais do espaço educativo situado em Brotas, mais precisamente na Ladeira do Acupe. Inaugurou-se aí a Biblioteca Fanny Abramovich, uma simpática sala  com prateleiras muito práticas deixando à mostra a capa dos livros e não a lombada. Essa disposição torna visível para a criança o objeto-livro, já que as capas não se escondem uma atrás da outra como na maioria das bibliotecas. Gostei! No centro da sala um tapete e almofadões de chitão. Quem me conhece sabe a predileção que tenho por esse tecido tão popular de origem chinêsa e no Brasil ganhou uma padronagem especial, revelando a criatividde dos nossos criadores que adaptaram os desenhos florais ao gosto do nosso povo. Os antigos tecidos eram mais bonitos, mais elegantes, mas ainda encontramos belos padrões por aí. A sala é um encanto. No pátio da escola muitos trabalhos realizados pelos estudantes em torno dos livros que eles leram, uma demonstração do envolvimento da crianças com a proposta, o que resultou em conversas animadas entre a escritora e a garotada. Segundo me falou, ela ouviu perguntas saborosas, gargalhantes e surpreendentes.

As ligações de Fanny com a Bahia não são de hoje. Desde a década de 60, ela por aqui veio e travou conhecimento com o pessoal do Centro Popular de Cultura. Tanto que, após o golpe civil-militar de 1964, a escritora acolheu muitos dos baianos foragidos das perseguições policiais. Muitos desses rapazes e moças ocupam cargos importantes em vários setores públicos e privados não somente da Bahia, mas em outras regiões do país. Na década de 70, a educadora por aqui passou ministrando cursos e oficinas de pedagogia da arte. As turmas eram repletas de participantes interessados. Ainda hoje, ao ouvi-los percebe-se o quanto as brincadeiras, provocações e ensinamentos de Fanny mexeram com certezas e desencadearam processos de descobertas e inovações no campo da arte-educação. Distante da academia, Fanny é pioneira do trabalho com arte na escola e foi criadora do Centro de Educação e Arte, além de ter sido professora de teatro e artes plásticas no Ginásio Israelita Brasileiro Scholem-Aleichem- GBISA, onde também fui professor e aprendi de fato o que é ser um educador.

Lodo depois, Fanny esteve no programa de televisão comandado por Marília Gabriela, TV Mulher. Sua participação trazia um sabor especial ao programa , todo ele produzido de forma inovadora, causando polêmica e irritando setores conservadores da sociedade. O programa saiu do ar.

Conheci Fanny quando ela escrevia para o Jornal da Tarde, em Sampa. No jornal, ela mantinha uma coluna das mais instigantes, tratando de literatura, teatro e de tudo que se produzia culturalmente para crianças. Humorados, ácidos, irônicos e demolidores, os textos apontavam para questões artísticas e educativas sem o ranço do bom mocismo, nem beiravam a crítica superficial sobre o que se produzia. Muitas deles foram reunidos no livro fora de catálogo, O estranho mundo que se mostra às crianças. Nele, existe um capítulo destinado ao teatro para crianças, com um texto intitulado Projeto Herodes. Por esse título dá para imaginar o teor do que ela analisa humoradamente, saborosamente e sem a arrogância, mas sem deixar de apontar a banaliade e os equívocos cometidos por gente que faz teatro para criança. Para Fanny, é como tudo  fosse "emiliano", ou seja, deriva da sabedoria de Emília, a magnífica criação de Monteiro Lobato.

Foi por essa época que a escritora e educadora entrou na minha vida, ao me entrevistar sobre premiação do texto Brincadeiras, no Concurso de Dramaturgia do Serviço Nacional de Teatro- 1977, do qual ela foi júri. Lembro-me que a conversa prolongou-se por muitas e muitas horas. Anos depois, Fanny me pediu para escrever um conto para uma coleção que organizava e que não foi para frente. O conto ficou na gaveta e logo depois foi publicado noutra coleção organizada por ela. Daí pra cá, a relação profissional se transformou em pura e doce amizade, que a distância só faz aumentar. Como boa ouvinte, qualidade que ela cultiva verdadeiramente, Fanny envolve o outro e estabelece uma troca sempre enriquecedora.

Fanny é adorável. Autora de INÚMEROS livros, tenho todos autografados, é uma escritora de imaginação fértil, criadora de situações das mais verdadeiras e envolventes. Seus leitores sabem disso. Ela atinge em cheio o universo de crianças, jovens e adultos. Brinca com a língua, inventa jogos de palavras e resolve seus enredos de maneira sensível, sem maniqueísmo, sem lições de nenhuma maneira, principalmente aquelas de dedo em riste. Sua literatura não é moralizadora no sentido repressivo, faz pensar e, sobretudo, diverte. Nas teias que traça,  mexe com o sensível, toca nos problemas e avança sobre eles sem medo. Seus livros são libertários, mas fogem das cartilhas que engessam o mundo do leitor.

Tenho certeza de que a semana foi divertidissima para todos que estiveram perto de Fanny. Foi um verdadeiro puxa-estica, pois todos queriam minutos de seu tempo. Recebê-la em casa foi uma celebração. A noite de inauguração da biblioteca foi uma arraso, com uma divertida e emocionante conversa, cujo tema eram as suas lembranças de quando menina, sua vida no Bom Retiro, sua vida de escolar e a descoberta das narrativas contadas por sua mãe e depois por aquelas que os livros trazem para encantamento e deleite de quem deles se aproxima. A fila de autógrafos durou quase quatro horas, com pais e crianças esperando para ter a assinatura no livro e uma palavra com a escritora. Como ela gosta de conversar, cada um teve seu dedo de prosa.

domingo, 23 de maio de 2010

Registro 307: Teatro quando é bom, é ótimo! A Cela e Atire a Primeira Pedra

Vou muito pouco ao teatro. Não devia ser tão ausente. Quando vou e o espetáculo é bom, sinto imenso prazer.

No fim de semana fui ver A Cela, de Michel Azama e Atire a Primeira Pedra, crônicas de Nelson Rodrigues adaptadas para o palco por Cleise Mendes e Fernando Santana. O primeiro espetáculo, recém estreado no Teatro XVIII, sai de cartaz no dia 23 maio. Pena que não prolongue a temporada. O segundo, vindo de outras temporadas,  fica na Sala do Coro até o dia 30. Ver as duas montagens e mergulhar no universo proposto pelas duas cenas causou em mim uma satisfação enorme.

A Cela, texto francês gira em torno de uma presidiária prestes a sair da prisão depois de cumprir uma pena de 20 anos, por ter cometido um crime passional. Uma única personagem que ao narrar sua vida na prisão, seus sentimentos, sua condição, desdobra-se em outros personagens que povoam o mundo da mulher. Ao penetrarmos em seu mundo, nos aproximamos desse ser que vacila frente à liberdade depois do aprisionamento. O monólogo contundente em nenhum momento descamba para o melodramático e renuncia ao pieguismo que por vezes cerca a temática. Na perspectiva da Libertada, tomamos conhecimento do dia-a-dia na prisão e mais ainda do conflito que se instaura diante da saída. Uma nova vida para ser vivida leva as marcas do crime e o estigma do confinamento na prisão. Embora cumprida a pena, aquele ser, ex-recluso, continuará com as marcas da exclusão. Assim, vai se inserir novamente no social carregando “os muros por dentro e a pela por cima”, como diz a personagem a certa altura.

O texto proporciona um belo exercício interpretativo a cargo da atriz Jacyan Castilho. Durante uma hora e quinze minutos, a intérprete domina a cena com habilidade corporal e vocal e toca a sensibilidade do espectador. A atriz sabe dosar os momentos de euforia, desespero, solidão e dor mesclando-os com ironia. Um belo solo.

O desafio de estar no palco, expondo com mestria os recursos interpretativos, faz com que o espectador suporte o desconforto causado pelo tema ali narrado. Trabalhando no interior do realismo e do psicológico, mas não se prendendo a ele, Jacyan Castilho potencializa a personagem mostrando-a através de recursos que quebram essa estrutura. Esse jogo amplia o drama nos fragmentos que se organizam, mas não de forma linear, visto que as lembranças não podem se organizar numa rígida cronologia. As significações contidas no texto são presentificadas no corpo da atriz. Ao mesmo tempo em que ilustra determinadas situações, esse corpo expressivo escapa das armadilhas que regem a construção de uma personagem sustentada nas convenções do realismo psicológico para expressar sentidos para além do fotográfico. Isso não implica em uma atuação totalmente antinaturalista, mas o que se vê em cena é o jogo entre códigos que se misturam ricamente na cena. Vemos em cena a criação de um indivíduo, mas a atriz adiciona partituras que extrapolam a caracterização pura e simples. Com isso, mostra certos efeitos de movimentação, postura e entonações que fogem ao esperado, fazendo com que as palavras e as emoções ganhem uma dimensão extracotidiana.

Para que o trabalho da atriz se materialize coerentemente facetado é necessário que suportes sejam dados, embora consideremos que atuar é sempre saltar no espaço sem rede de proteção, ainda que elas existam invisíveis. Ao conceber a moldura para a ação, os criadores do espetáculo, Cláudio Machado e Jacyan Castilho, instauram a poética da cena pelas imagens, atmosferas, rupturas. Para isso contribuem o cenário de Rodrigo Frota, a luz de Pedro Dutra e o figurino de Luiz Santana.

Utilizando do efeito da tela transparente, Rodrigo Frota múltiplica e dinamiza o espaço com a ajuda da luz. No primeiro instante, se vê uma parede preta e nela uma porta recortada Ao trabalhar com o iluminador, oferece surpresas. Quando a luz incide por trás da tela revelam-se outros espaços para a representação. Uma boa solução aos propósitos da encenação. Assim também é o desenho da luz sempre recortada.

A Cela é uma realização do Grove Estúdio Teatral que já havia apresentado A Canoa com Cláudio Machado e direção de Jacyan Castilho.

Atire a Primeira Pedra é uma incursão nas crônicas que Nelson Rodrigues publicou no jornal carioca A Última Hora. Adaptadas por Cleise Mendes e Fernando Santana também ator do espetáculo, as crônicas revelam recortes do universo feminino nas suas relações com o macho patriarcal – pai, marido, amante. Por outro lado, esses retratos exacerbados pela ótica do cronista-dramaturgo, mas não falseados, deixam transparecer as relações entre as mulheres – esposa, mãe, amante, irmã. Nelson Rodrigues domina o gênero com seu olhar de jornalista, relator preciso dos acontecimentos. Essa precisão é captada pelos adaptadores e o que se vê na cena são recortes desses retratos da vida como ela é.

Luiz Marfuz, o diretor de Atire a Primeira Pedra orquestra os elementos da encenação trilhando diversos gêneros para enfatizar o jogo cênico em sua mais pura teatralidade. O diretor não mede esforços para captar o espírito rodrigueano, mas não se deixa escravizar por ele. Seu espetáculo tem o sabor de uma fotonovela que não se leva a sério, visto que escancara o ridículo, os exageros, a passionalidade perpassando as ações das personagens não caricaturas, pois revelam a pobre humanidade. Aí são mostrados os amores suburbanos, traições e a torta sexualidade de uma classe média que teima em se manter pelas aparências. Tudo isso está em cena traduzido em tintas fortes, assumindo a breguice de certas canções populares que cantam os amores rotos, as dores de cotovelo, a melosidade de cartão postal e suas frases estereotipadas.

Para realizar sua concepção, Marfuz conta com um elenco numeroso de jovens atores formados pela Escola de Teatro. Esse grupo soube captar a proposta e entra no jogo cênico com segurança. Atores e atrizes mostram-se preparados para a tarefa. As qualidades individuais se manifestam, mas o que chama a atenção é o conjunto, a precisão com que caracterizam as personagens. Isso só se realiza porque as qualidades da preparação corporal e vocal estão visíveis em cada intérprete e se alguns se sobressaem não diminuem seus parceiros de cena. Espera-se que o Grupo Os 50’tões continue a trabalhar, aprofundando suas pesquisas para realizar encenações de qualidade. Historicamente, o teatro brasileiro foi enriquecido pela contribuição dos grupos. E se as condições são adversas, o grupo pode encontrar as alternativas para viabilizar a pesquisa e traduzi-las esteticamente.

Mais uma vez no palco a realização cenográfica do jovem Rodrigo Frota, demonstração de habilidades não apenas nos cenários das duas peças comentadas, mas por outras realizações. A solução da cortina vermelha com a preta, a segunda que se abre em determinados momentos, cria um belo efeito, assim como a extensa mesa sobre o módulo no fundo do palco. Os abajures distribuídos ao longo da mesa trazem diversas significações, remetendo a cena para a penteadeira no lusco-fusco das alcovas e também para as boates esfumaçadas. Completa a cenografia uma mesa que serve às ações e as marcações desenhadas por Luiz Marfuz.

O figurino de Miguel Carvalho explora a sensualidade dos corpos femininos e caracteriza bem os tipos masculinos, alguns beirando ao cafona, um traço que a montagem não tem envergonha de exibir. Concebidas em vermelho, preto e branco, as roupas caracterizam muito bem as personagens. Se há uma restrição, ela está no figurino do Coro das Tias em Noiva da Morte. Eles destoam do conjunto. Cenário e figurinos são realçados pela luz de Fernanda Paquelet.

Os elementos cenográficos e os figurinos estabelecem uma conexão com o som da cena. No espetáculo, esse som brega, que ouvidos mais sensíveis rejeitam, adquire um sabor especial. A música integra-se organicamente ao todo da encenação e são bem cantadas pelo elenco.

Uma bela, divertida e ácida encenação. Com momentos muito bem solucionados e interpretados competentemente pelo elenco, é demonstração de que o nosso maior dramaturgo – afirmação questionável – tem muito a oferecer aos artistas de teatro e ao público.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Registro 306: O que acontece por aí...

O 13 de maio passou, parece que em branca nuvens. Induziram-nos a ignorar a data tão significativa para a nossa história. Esqueceram a luta dos abolicionistas negros, mulatos e brancos. Passaram a borracha na assinatura da princesa. Querem reescrever a história. Balela!

Bento XVI, com essa história de culpabilizar a união afetiva entre pessoas do mesmo sexo e a luta contra a descriminilização do aborto como sendo as desgraças da família, está tentando desviar a atenção para os pecados da Igreja. Sem querer generalizar para não cair no mesmo discurso, os horrores gerados no interior da família passam por outras questões. Por que não enfrentá-las?

Caetano Veloso mostrou mais uma vez a sua capacidade de gerar polêmica e tem lá suas razões. Seu lúcido e belo texto (O Globo) não demoniza ninguém, mas coloca as coisas nos devidos lugares. O Secretário de Cutura da Bahia respondeu, mas sua resposta não chega aos pés do texto do compositor. Acho que está na hora de cada um se olhar no espelho. Quem na Bahia não mamou nas têtas dos governos carlistas? Os artistas, conservadores e progressistas, para não falar em direita e esquerda, hoje em dia conceitos tão esfiapados, mantiveram seus projetos com o dinheiro do Estado e não assumem tal fato. Se essa, cara pálida! Querer dá um de vestal? Me engana que eu gosto!

Os teatros de Salvador estão fechando (ACBEU, Jorge Amado, Xisto Bahia, Gregório de Mattos). Uma pena! Se já não tínhamos espaços suficientes para colocar em cena as produções locais e as que nos visitam, agora é que a coisa se complica. Tal situação serve como medidor do nosso interesse pela arte. E quando o quadro se torna avassalador, não adianta belas palavras. O que se quer são ações.

Fui ver o filme de Zé Umberto, O Anjo Negro (1972) na Sala Walter da Silveira, sessão de 16:30 do dia 14 de maio. Só havia um espectador, eu. É certo que tenho interesse no filme. Depois de 38 fui autoavaliar o meu trabalho como ator. O filme tem alguns poucos bons achados que se perdem na confusão do roteiro. Dirigido eu poderia te rendido mais. Não foi o caso. A exibição do longa-metragem é parte da comemoração do Centenário do Cinema Baiano. Uma bobagem essa comemoração proposta pela Diretoria de Audiovisual da Faundação Cultural.

O cineasta iraniano continua preso! Somente por discordar! Cannes reclama, o mundo reclama, mas o ditador se acha um deus em sua vã glória de mandar. Atrás dele vai Lula, O Cara, querendo aparecer...

Hoje, fiquei feliz com a notícia dada pela diarista que cuida da minha morada e de mim também. Ela vai comprar a casa própria. Desejei felicidade e estimulei a fazer um chá de casa nova.

Depois de dez dias hospitalizado por conta de uma dengue hemorrágica que botou por terra as minhas plaquetas, vivo apavorado com os mosquitos que andam voejando por Salvador. São muitos... Cadê o pessoal do fumacê? Se a Prefeitura e Governo do Estado não tomam as devidas providências, não custa a população tomar vergonha e cuidados. É tão simples, basta deixar de lado a preguiça, o descaso e a ignorância para combater a proliferação do mosquito. Agradeço aos que atenderam o meu pedido e foram doar sangue no Instituto de Hematologia da Bahia. Agradeço também os bons serviços do pessoal do Hospital Português e aos amigos que torceram pelo meu reestabelecimento.

Ainda convalescendo participei do lançamento de Os Mansos, texto dramático do russo-argentino Alejandro Tantanian. O livro faz parte de um projeto coordenado por  Luis Alberto Alonso, Héctor Briones e Cacilda Povoas. Pediram-me um fala sobre o projeto e sobre o belo texto, uma incursão do autor pelo universo de O Idiota de Fiódor Dostoievski.

O diretor Celso Nunes está em Salvador para fixar residência. Espero que ele faça espetáculos teatrais por aqui. Só temos a ganhar.

Por hoje é só...