quarta-feira, 1 de maio de 2013

Registro 428: Mais um absurdo baiano

Pense num absurdo, na Bahia acontece. 

A frase de Otávio Mangabeira é conhecida ao extremo, não porque queiramos usá-la exaustivamente tornando-a lugar comum. Mas, a cada dia, na Bahia, nos deparamos com absurdos. No momento,  é o descabido projeto do vereador Marcell Moraes do Partido Verde. Ele propõe a proibição de sacrifícios de animais nos cultos religiosos, a saber candomblé e umbanda. 

Não sabe o dito vereador que os animais imolados além de ser oferenda, alimenta a comunidade, não só dos adeptos, mas dos convidados. Nas festas, costuma-se servir um prato aos que estão na casa de culto e esta comida alimenta muita gente. Por vezes gente carente.

Além do mais, numa sociedade que se alimenta basicamente de animais abatidos cotidianamente, o projeto torna-se um delírio de quem não tem o que fazer. 

Aliás, o Partido Verde deveria cuidar de outros projetos, por exemplo, arborizar a cidade, torná-la mais condizente com clima. Acredito que o vereador deve passar diariamente pela Avenida Sete, trecho da Vitória, e perceber que as árvores tornam o logradouro aprazível. Portanto, aí está uma boa ideia. 

Intrometer-se num ritual antigo e de grande força é não ter o que fazer. Ou então é querer aparecer, ter os cinco minutos de fama. Espero que os senhores vereadores não aprovem este projeto inoportuno, descabido e tonto. 

Chega de achar que animais tem direito. Não tem. Nós e que temos deveres para com eles. Mas levar ao extremo a proibição do sacrifício é uma ideia fora do lugar.

Diante de tantas atrocidades, ir de encontro a preceitos de uma religião me parece fobia. 

Gostaria de saber quais são os hábitos alimentares do vereador.