sábado, 7 de novembro de 2015

Registro 464: Um pássaro na mão e muitos voando




O pássaro adentrou a sala num voo claudicante. Pensei estar muito assustado. Por fim, ele pousa na moldura de um quadro incorporando-se a paisagem pintada e ficou ali olhando a parede. Achei estranho, tanto a posição quanto a sua quietude. Passado um tempo, deixei a sala sem perturbá-lo, na esperança de que a ave encontrasse a saída.

O tempo passou...

Retornando para a sala, não encontrei o pássaro no lugar onde o havia deixado, mas prestando mais atenção ouvi um barulho de asas. Um barulho aflito. Ainda mais atento, percebi que a ave estava atrás da cortina e presa entre o vidro e a grade pantográfica. Aproximei-me cautelosamente e cuidadosamente retirei-o daquela prisão. Ao entrar em contato com a minha mão e depois de ter alisado a sua cabeça, o pássaro acalmou-se. Fiz a foto e soltei-a pela janela por onde tinha entrara.

Em vez de voar como eu esperava, momentaneamente, ela ficou parada na palma da minha mão, com o se não soubesse o que fazer. Em seguida voou. Pelo bater das asas vi que estava machucada. Insegura, a ave pousou num carro estacionado no outro lado da rua. Fiquei olhando-a preocupado com seu destino. Está é a história do pássaro em minha mão.

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