segunda-feira, 26 de maio de 2008

Registro 137: + Bernardo Linhares

O sol

Ao Poeta Ruy Espinheira Filho

Depois da noite em chamas,
cantando nas espumas,
o mar ainda é rubro
ouriçado de escamas.

Feito uma concha, rosa
secreta sob as ondas,
a lua fecha os olhos
e oculta a própria sombra.

No céu surge outra chama
na chama vários tons
nos tons todas as gamas.

O sol, concha amarela,
transforma a aurora escura
num céu de madrepérola.

Lua

Para Renata Belmonte

Onde o limite é o amor,
o céu espelha
um mar de estrelas.
O fogo todo é cor de rosa.
O cinza, sereno violeta.
Feita perfeita para o gozo,
voa no céu a borboleta.

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