Em centenas e centenas de casas rezam-se as trezenas de Santo Antônio, do dia primeiro ao dia treze. Um altar improvisado na sala de visita, duas velas aos pés do santo, a mulher puxa a ladainha. Moças pobres, vestidas modestamente, rapazes brechando. Trocam olhares durante a reza. Mas os músicos amigos da casa já se encontram por ali perto esperando que a devoção termine. Depois da reza aparecem o violão e o cavaquinho, a flauta e a harmônica, e diante do altar os pares dançam, os namorados riem. Cálices de licor de jenipapo são servidos.
Junho é o mês das festas íntimas, muitas festas, que se sucedem no correr das ruas, quase que em todas as casas, nos bairros pobres. É o mês mais alegre da cidade
No dia treze é a festa de Santo Antônio. As rezas são mais longas, a sala mais enfeitada (quase sempre bandeirolas de papel), o baile também dura a noite toda. Corre o jenipapo, come-se a canjica, soltam-se os primeiro fogos. Nos candomblés, festeja-se Ogum.
Junho é o mês das festas íntimas, muitas festas, que se sucedem no correr das ruas, quase que em todas as casas, nos bairros pobres. É o mês mais alegre da cidade
No dia treze é a festa de Santo Antônio. As rezas são mais longas, a sala mais enfeitada (quase sempre bandeirolas de papel), o baile também dura a noite toda. Corre o jenipapo, come-se a canjica, soltam-se os primeiro fogos. Nos candomblés, festeja-se Ogum.
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AMADO, Jorge. Mês de junho. In: Bahia de todos os santos: guia de ruas e mistérios. Rio de Janeiro: Record, 1977, p. 138.
AMADO, Jorge. Mês de junho. In: Bahia de todos os santos: guia de ruas e mistérios. Rio de Janeiro: Record, 1977, p. 138.
Bandeirolas, foto de Adenor Gondim
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